sexta-feira, 2 de julho de 2010

Chega ao fim o sonho do Hexa!

Por Bruno Henrique Ferreira


É triste, é difícil, mas infelizmente a seleção brasileira dá adeus à Copa do Mundo da África do Sul, adiando novamente o sonho do sexto título mundial. Na partida realizada no estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth, o time brasileiro sofreu a virada por 2 x 1 da Holanda após ter dominado o primeiro tempo do jogo.

Robinho abriu o placar logo no início da partida, recebendo um excelente passe de Felipe Melo, que por sinal, foi o grande personagem da partida, tanto para o bem quanto para o mal.

Foi incrível ver como um atleta profissional de futebol pode ir do céu ao inferno em pouco menos de 45 minutos. Felipe Melo foi decisivo no primeiro tempo, confesso que eu estava atento ao seu comportamento, já que ele demonstrou nervosismo nos primeiros jogos e esse em especial, se tratava de uma partida muito difícil e equilibrada.

Além do seu passe que deixou Robinho na cara do gol, o volante marcou bem, apareceu para o jogo e acertou a maioria de seus passes. Pena que no segundo tempo ele não conseguiu dar sequência na boa atuação.

No segundo tempo o Brasil se deixou levar pelo teatro holandês. A laranja mecânica deu lugar aos encenadores que se jogavam o tempo todo para iludir o árbitro. Os brasileiros entraram na provocação e mostraram um nervosismo acima do normal.

Não devemos julgar, muito menos sentenciar Felipe Melo como único culpado da eliminação do Brasil. Estava nítido que ele é um jogador impulsivo e que sua expulsão nesta Copa era uma questão de tempo, mas ele só era mais um que se abateu e ficou nervoso dentro de campo ao ver o primeiro gol holandês de Sneijder (a FIFA validou como gol contra de Felipe).

O time todo se abateu e, com o placar já adverso após o segundo gol de Sneijder, quem o técnico Dunga poderia escolher no banco de reservas para entrar, empatar e decidir o jogo? Dunga certamente deve ter olhado para o relógio e para seus atletas do banco de reservas e feito mais uma de suas caretas e se perguntado: “E agora?”. Azar da seleção!

Sempre fui fã do Dunga, lembro que após o tetra de 94 toda vez que meu pai me levava ao cabeleireiro eu dizia “corta igual ao do Dunga!”.

É fácil julgar quando o time perde, quando um trabalho não deu certo e quando os resultados não foram aqueles que esperávamos. Sábio é aquele torcedor que apóia mesmo quando o time não vence e o pódio não é conquistado.

Tristeza de Júlio César e Kaká após a derrota contra a Holanda

Aprendi a amar o futebol na partida entre Brasil x Holanda pelas quartas-de-final da Copa de 1994, gritei “é tetra” naquele ano. Chorei na derrota diante da França quatro anos depois em 1998 e voltei a sorrir em 2002.
Futebol é assim, nos proporcionam vários sentimentos distintos em curtos espaços de tempo. Daqui quatro anos teremos outra oportunidade, desta vez em o solo brasileiro que, apesar de tantas tristezas, medos e decepções em nosso dia-a-dia, nos traz o prazer de bater no peito e dizer: tenho orgulho de ser brasileiro! 


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